03 abril 2007

.::Pensamentos de Gaivota::.

Luz que se vê difusa
Que se vê mas não se enxerga
Que ilumina sem mostrar-se luz
Sem fonte.
Inesgotável e esquiva
Iluminando cada pedaço a mostra
Sem fazer-se notar
Mesmo quando
Sua presença é mais do que óbvia.
Sem pôr-do-sol
Sem blecaute
Sem fim de combustível
Continua sempre a luz
Forte mas suave
Os pássaros procuram a fonte
Mas a luz vem de um lugar onde eles não podem ir.
Não andando em sua direção.
Vê mais longe a gaivota que voa mais alto
E não se pode voar com os pés no chão
Olhando para a luz ficarão cegos.
Chegando próximos a ela
Serão espelhos.
Brilharão.
Pontinhos longínquos e luminosos
Sem pressa de voltar.
De cima observam o que os aguarda em terra.
Ou aquilo que está se escondendo da luz, sob a terra.
Ou seus semelhantes que quiseram olhar para a luz
E os atacarão por serem parecidos com ela.
Parecerão menores do que eram.
Parecerão indefesos.
Serão vítimas fáceis de todos os que pensam ter a luz (ou dos que a transformaram em escuridão).
Mas isso não lhes importa
Já que eles mesmo viraram raios de luz e brilharão.

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"Você começará a se aproximar do paraíso no momento em que alcançar a velocidade perfeita. E isso não é voar a mil e quinhentos quilômetros por hora, nem a um milhão e quinhentos mil, nem voar à velocidade da luz. Porque nenhum número é um limite, e a perfeição não tem limites. A velocidade perfeita, meu filho, é estar ali."
"As gaivotas que desprezam a perfeição, por amor ao que sabem, não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o que sabem, por amor à perfeição, chegam a toda parte, instantaneamente."(*)

Ensinamentos da Grande Gaivota... Assim como voar só com a ponta das asas...
Mesmo que isso não pareça ser parte da aula sobre loopings...

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(*)Frase adaptada para ter sentido fora de seu contexto original.

PS: Se você não entendeu este texto, leia Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach.
PS2: Se ainda assim você não entender recomendo cuidar de sua gaivota interior.