22 fevereiro 2009

.::Gelos e Grades::.

Ontem eu sonhei
Coisa que há muito não fazia
Sonhei que a vida era clara
Sonhei que a noite era dia
Que tinha um navio
E o navio estava cheio de água
Sonhei que o navio inundava
Mas, inundado, flutuava.
Sonhei com a selva
E que a selva era passagem
Passava por toda a vida
Passava por toda a margem
Que quando eu quis
Atravessei a selva
Pois o primeiro passo
Tornava a selva em relva
E que atrás disso tudo
Havia uma festa e uma piscina
A água era quente, o sol era forte
Mas havia a sombra e o gelo
Gelo que nem um pedido de desculpas poderia quebrar
Um pedido de desculpas que simplesmente não faria sentido
Gelo que mesmo o sol quente não conseguia derreter
Um gelo inquebrável, uma sombra inclareável
Mesmo na festa, mesmo na piscina, mesmo no mar
Quis investigar o que era a sombra
E a sombra me levava à um beco
Um beco escuro e sujo
Um beco sem nada.
Mas com uma grade
Gelo, grade, sombra
Na festa havia alegria...
Mas na sombra há gelo e grades...
O que é causa de tudo isso?
O que quebraria o gelo?
O que clarearia a sombra?
O que me libertaria destas grades?
Por que haveria eu de me preocupar se tudo não passa de um sonho?
Mas por que então eu ainda desse sonho não acordei?

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"Show me how to lie
You're getting better all the time
And turning all against the one
Is an art that's hard to teach
Another clever word
Sets off an unsuspecting herd
And as you step back into line
A mob jumps to their feet

Now dance, fucker, dance
Man, he never had a chance
And no one even knew
It was really only you

And now you steal away
Take him out today
Nice work you did
You're gonna go far, kid"
(You're gonna go far, kid - The Offspring)

"No sign of life did flicker
In floods of tears she cried
"All hope's lost it can't be undone
They're wasted and gone"

"Save me your speeches
I know what you want
(They blinded us all)
You will take it away from me
Take it and I know for sure
The light she once brought in
Is gone forever more"

Nightfall
Quietly crept in and changed us all
Nightfall
Immortal land lies down in agony

"How long shall we mourn in the dark
The bliss and the beauty will not return
Say farewell to sadness and grief
Though long and hard the road may be"
But even in silence I heard the words
"An oath we shall swear by the name of the One
Until the world's end
It can't be broken"

(So) never trust the northern winds
Never turn your back on friends

Back to where it all began"
(Nightfall - Blind Guardian)

"A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo."
(Fiódor Dostoiévski)


8 Comentários:

Blogger _d.aia_ disse...

Lindo texto...
Gostei mais do inicio dele... do ritmo que teve...

Gostei de ler-te novamente...

e...

Gosto tbm de Blind Guardian!!!

=)

=***

23/2/09 18:27  
Blogger Unknown disse...

bunitinhu hehe =)
sempre fazendo poemas
bjos
te adoro

23/2/09 19:40  
Anonymous Anônimo disse...

bom tbm ...
ja to virando um comentarista desse blog ...
ficou foda...
parabens ....

24/2/09 20:03  
Blogger **...Nanda...** disse...

existe liberdade diante dessas grades???
se existir por favor me fale....
amei voltar aki e ler essas coisas.....adoro ler...me faz bem....enfim.....só um oizinho por hj.....beijãoooooooo

28/2/09 14:18  
Blogger Apenas meu tipo inesquecível disse...

Nossa e então me deu uma agonia....uma agonia gostosa, vontade de entrar nesse sonho e ao mesmo tempo fugir dele...linda escrita, sonho confuso, poema concreto!!! bjous Willl parabéns poeta amigo-amigo poeta

Érica

2/3/09 22:02  
Blogger Unknown disse...

mto massa...

fico meio tristi no final...mas fico mto iunteressante...um sonho certo??
hahah

25/3/09 10:47  
Blogger *Luiza Capelari* disse...

noooosssaaa
faz seculos que eu num posto aqui neh?!
hauahuahauha
da nada nao..lindo o poema..como sempre..
soh o will msmo pra manter esse blog vivo!!
hauhaua
bjo
luiza

25/3/09 10:55  
Blogger Degazda disse...

Caro amigo lá de fora
Se te escrevo, passou da hora
De deixar de desistir.

Pensava na vida vivida,
nas almas levadas
e nas noites perdidas...

Tempo de horas felizes,
risadas melancólicas
solidões sem fim.

Talvez tudo valha à pena,
Mas há esta hora,
este trem já perdi.

Só penso nos dias mais cinzas
Nas sombras cortantes
dos becos sem fim.

Se sinto a perda dos dias,
minha vida vazia
guinadas a vir,

é porque gastei todo o tempo
roendo os longos momentos
de medos coesos

de perder tudo que me inspira,
de perder o vazio,
de não ver mais becos

de ler palavras lindas
sem ter emoção
ceder à razão

me tornar um exato
perdido em números
cercado de túmulos

de mentes passadas
de tempos vencidos
de rotas traçadas

perder a ânsia
do choro prendido
da escrita forçada

não escrever cartas,
não mais sonhar...
jamais imaginar

futuros distantes,
folhas caindo...
terras que voam...

Um dilema doído:
a felicidade da vida
ou os sonhos...

Sonhos demais, talvez seja isso...

-Seus poemas são fantásticos, você é fantástico... Vale a pena voltar à vida por amigos iguais a você. Esqueça o gelo, ele te fez mal. Se está nas sombras dos becos, cercado de grade, me chame: É lá que vivo, posso te ajudar a ver a luz novamente.

Darvius Alexandros III
O Bardo Louco

27/3/09 02:31  

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